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  • segunda-feira, 25 de março de 2013

    Mais algumas considerações sobre o setor elétrico


    O setor elétrico vem sendo "bagunçado" desde o ano passado, quando a presidente Dilma anunciou a Medida Provisória 579 que tinha como objetivo baixar o valor da conta de energia dos brasileiros. Apesar de tudo o que já foi escrito, muitas dúvidas acerca dos desdobramentos desta MP ainda permanecem.


    O ano de 2012 foi particularmente traumático para quem estava (ou ainda está) bastante alocado em ações de empresas do setor elétrico. Muitas empresas perderam um valor considerável de mercado e muitos investidores perderam também uma grande parcela de seu patrimônio.

    O blog Rico por Acaso tratou desta "crise" em diversas ocasiões, a saber:


    A partir destas postagens muita discussão de qualidade foi realizada, com diversos leitores expondo suas considerações contra ou a favor deste setor que sempre foi a "queridinho" quando o assunto era dividendos. Mas ainda pairam dúvidas e muita incompreensão sobre o que realmente está acontecendo com as empresas do setor elétrico.

    Separando o "joio do trigo"

    Para entender a atual situação, inicialmente temos que separar as empresas em três grupos distintos:

    1) Empresas afetadas pela Medida Provisória 579.
    2) Empresas que passaram pelo processo de revisão tarifária e foram consideravelmente afetadas.
    3) Empresas que passaram pela revisão tarifária e continuaram gerando bos resultados financeiros.

    No primeiro grupo (aquelas afetadas pela medida provisória) temos empresas como CPFL, Eletrobras, Cemig, dentre outras...Muitas não aceitaram as condições de renovação antecipada das concessões e assim, ao final de tal período terão que devolver os ativos à União para posterior leilão. A grande parte destas empresas foi bastante penalizada e suas ações foram precificadas (simplificando: perderam valor de mercado) refletindo a desconfiança (ou mesmo a histeria) do mercado.

    No segundo grupo, a "cereja do bolo" é a Eletropaulo. Ela não foi atingida pela MP 579, visto que sua concessão vai até 2028. Seu maior problema esta relacionado ao processo de revisão tarifaria aliado à um aumento considerável de seus custos, principalmente aqueles relacionados à compra de energia. A empresa não tem conseguido anular estes efeitos (vide o último release de resultados) o que tem feito a ação derreter mais e mais.

    Por fim, o último grupo contempla as empresas que já sofreram a revisão tarifária e ainda apresentam bons resultados, como é o caso da Coelce.

    Quem acompanha o blog sabe que eu tinha Coelce na carteira e acabei vendendo por alguns motivos que foram tratados no post de Acompanhamento de Carteira do mês de janeiro de 2012. Também vendi Eletropaulo pelo motivos que relatei no post de fevereiro.


    Agora a Cemig

    A única empresa do setor que ficou na carteira Rico por Acaso foi a Cemig (leia a análise feita pelo blog clicando aqui). Após ter sofrido bastante com o processo da MP 579, agora o mercado é novamente "sacudido" pelos efeitos do terceiro ciclo de revisão tarifária da Cemig, sendo que no dia do anuncio o papel caiu mais de 13%.

    Então, o que fazer?

    Particularmente acredito que a situação destas empresas deve ser analisada de forma "fria", individual (caso a caso) e com consciência da real situação da empresa, sem tomar decisões precipitadas. Escrevo decisões preciptadas pois muitas vezes uma queda drástica do preço de uma ação pode ser uma excelente oportunidade de compra e lucros futuros, bem como pode se transformar em um pesadelo, pois a empresa pode nunca mais recuperar o valor que as ações tinham antes da crise do setor.

    No caso da Cemig, vou utilizar o mesmo método que utilizei com a Eletropaulo. Vou dar tempo ao tempo. A empresa deve perder lucratividade no curto ou médio prazo? Talvez, mas gosto dela porque é uma empresa bem diversificada, com operações não só em Minas Gerais, mas também em outros estados e outros países.


    Se a empresa mostrar pujança e capacidade de continuar gerando valor ao acionista - eu fico alocado - caso contrário, eu vendo.

    E você leitor, qual tem sido seu comportamendo frente à esta crise do setor energético? Vendeu ou comprou mais? Deixe sua opinião! Aqui todos nós aprendemos!

    Créditos da imagem: http://www.freedigitalphotos.net/
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    6 comentários:

    1. Olá Rafael! Eu estou com dois papéis do setor TRPL4 e ELPL4 o resultado já era esperado, diminuição de 7% e 92% de lucros respectivamente. Eu prefiro não me desfazer ainda, foi um resultado ruim e outro péssimo, mas são casos diferentes. Além do mais, houve e está havendo um momento singular no setor todo, não foi um problema exclusivo dessas empresas, por tanto na minha ideia, ainda vale esperar mais um ano sem comprar e nem vender(quarentena), dependendo dos resultados tenho 4 opções, vender parte, vender tudo, comprar mais ou manter a quantidade. Resumindo: acho que é importante dar um tempo maior para decidir o que fazer, enquanto isso eu vou diversificando!

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      1. Olá Sovina! Como escrevi, também acho que devemos "dar tempo ao tempo", mas sempre de olhos nos movimentos da empresa. Um abraço!

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    2. Fala Rafael,

      Ótimo post.

      Situação complicada, a minha idéia logo de cara foi vender minha posição em Cemig pois mesmo com a queda de 13% tava no lucro....resolvi esperar por dois motivos:

      1-) Acredito tanto nela quanto em Eletropaulo, o setor consumidor destas empresas é muito forte e acredito que após essa queda de lucros, a tendencia é estabilizar novamente, em patamares mais baixos, mas ainda dentro de um DY acima de 5%.

      2-) Minha carteira ainda está em formação, não comprei todas as empresas que compõe a carteira rico por acaso, até pq não vou segui-la totalmente pq pretendo fazer umas "apostas"..como comentei com vc uma vez sobre a Ultrapar e a Valid. Como as minhas compras mensais ainda afetam significativamente a participação de cada empresa na carteira, eu vou manter o que tenho e reforçar outros setores diminuindo a participação.

      Então por enquanto vou manter, caso nos próximos meses você acabe saindo de Cemig, vou pensar se fico ou não, muito em função da porcentagem do papel na carteira, como foi minha decisão em Eletropaulo.

      Cara, até aproveitando, gostaria de sugerir um post pra vc: A maioria dos investidores pequenos não tem dinheiro para montar uma carteira recomendada como a sua logo no primeiro mês, então seria bacana se vc pudesse explicar "Como montar uma carteira do zero"...resumindo o que eu fiz, eu entrei no primeiro mês nas suas maiores participações na época (Vale, BB, Cemig e Eletropaulo) e nos meses seguintes fui adicionando uma ou duas empresas e reforçando a posição nas maiores, o que vc acha? Fiz bem?

      Valeu!

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      1. Bchieregatti, obrigado pelo comentário e pela sugestão de post que já foi anotada. Um grande abraço!

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    3. Eu não vislumbro um cenário para a Cemig tão sombrio a curto prazo quanto foi o da Eletropaulo, por ex. Até porque a revisão da companhia mineira não aparenta se arrastar tanto quanto a da paulista - a meu ver esta morosidade foi o principal fator negativo para o péssimo balanço em 2012.

      Por isso meus aportes continuam seguindo a metodologia traçada. Caso a alocação aponte no mês de abril para comprar mais CEMIG3, será feito sem maiores problemas.

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      1. Olá Longe do Limite! Também não acredito que a Cemig irá sofrer tal qual a Eletropaulo, mas mesmo assim temos que ficar de olho! Um abraço!

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