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  • quarta-feira, 28 de agosto de 2013

    O que é (e como funciona) a estratégia de Buy and Hold?

    Quando focamos o longo prazo, logo nos vem na mente a estratégia "buy and hold" ou "comprar e manter". Criticada por uns e defendida com unhas e dentes por outros, este método de investimento tem sua vantagens e desvantagens (como muitas coisas na vida). Neste post vamos entender como funciona o "buy and hold" e entender como esta estratégia pode nos guiar ao longo dos anos rumo a tão sonhada independência financeira.


    Histórico

    Sem sombra de dúvidas, o maior expoente da estratégia buy and hold na atualidade é o mega investidor Warren Buffett, indiscutivelmente um caso de sucesso nos investimentos. Sua maior influência vem do investidor Benjamin Graham que foi o precursor deste método de investimento, solidificado através de seu livro "O investidor inteligente", considerado por muitos a bíblia dos investimentos.

    Como funciona?

    O foco desta estratégia é comprar ações de empresas sólidas e com ótimas perspectivas de geração de caixa e mantê-las no portfólio de investimentos por um longo período, objetivando, desta forma, a maximização dos lucros, eliminando custos excessivos de transações e o imposto de renda. Por isso o nome buy and hold, ou seja, "compre e segure" (tradução literal).

    Então no longo prazo eu estou garantido?

    Longe disso. O longo prazo não é e não pode ser sinônimo de fortuna garantida.

    Como observamos em um tópico anterior, a estratégia buy and hold se apóia em alguns pilares:

    • ações de empresas sólidas e com perspectiva de crescimento futuro;
    • maximização dos lucros;
    • e diminuição de custos excessivos;
    Vejamos então: para se atingir o sucesso nesta estratégia, o investidor deve comprar e se tornar sócio de empresas sólidas e com perspectiva de lucros e crescimento futuros. Por exemplo: ao se tornar sócio da Coca-Cola o investidor esta comprando uma empresa excelente, com um produto extremamente competitivo e com crescimento recorrente ao longo dos anos (e das décadas). Por outro lado, se na década de 80 um indivíduo comprasse ações de uma empresa que produz máquinas de datilografar ele poderia ter sucesso durante um bom tempo (talvez até o inicio da década de 90), mas hoje - com toda certeza - já teria perdido seu investimento, visto que o produto deixou de ser competitivo, mesmo que a empresa produtora fosse excelente.

    A maximização dos lucros nos leva a necessidade de comprar bem, visto que o objetivo é obter no futuro o maior lucro possível com a valorização do papel. Exemplificando: a intenção é comprar uma ação à R$ 1,00 hoje e mantê-la para daqui a dez anos (com o crescimento da empresa etc.) ela possa ser vendida à R$ 10,00 por exemplo.

    Quando pensamos na diminuição dos custos em um investimento de longo prazo devemos invariavelmente focar na palavra paciência pois no longo prazo os resultados não aparecerão "da noite para o dia" e você passará por muitos percalços no mercado. O grande problema é que muitos "investidores" não possuem a paciência necessária e ficam trocando constantemente de estratégia e/ou de ações, o que gera grandes custos de corretagem e de impostos. Óbvio que para se obter esta estabilidade de carteira, muito estudo e dedicação são necessários, principalmente para a escolha das melhores companhias em que se investir.


    Formação do preço médio


    Um dos conceitos mais comentados (e discutidos) é o de preço médio. Particularmente acredito que deve existir um limite ao se formar um preço médio. Comprar empresas muito caras somente por comprar projetando que elas estarão mais caras no futuro e o preço atual irá compor um (suposto) preço médio, talvez não seja a melhor opção.

    "Buy and Hold" não é "comprar e esquecer"

    Ter paciência e manter uma carteira por um longo período é diferente de deixar à revelia. Rever a carteira de ações (e a situação das empresas) regularmente é muito importante e se for necessário alterações devem ser realizadas - antes que seja tarde. Por exemplo, vejamos o que aconteceu nos anos 80: o Mappin e a Mesbla eram empresas listadas na bolsa de valores e companhias bastante conhecidas do público. Como sabemos, elas não existem mais seja por falência ou por encerramento de suas operações. Assim, quem tinha ações destas empresas e as esqueceu em carteira pode ter tido muitos problemas.

    Lembre-se: a estratégia "comprar e esquecer" não existe. O tempo em que seu avô tinha ações e você descobria uma fortuna anos depois de ele morrer não existe mais.

    Como investir

    Entendo o "buy and hold" como uma estratégia de base, que pode ser utilizada em diversos mecanismos de investimento, seja focando em dividendos ou mesmo à alocação de ativos.


    Conclusão

    Alguns analistas dizem que o "buy and hold" não é estratégia. Eu discordo, desde que os quesitos que eu listei acima sejam respeitados. Afinal, os resultados do "buy and hold" estão ai para serem vistos, basta conhecer a história de grandes investidores, como Warren Buffet, Graham, Lirio Parisotto etc.

    Crédito da imagem: freedigitalphotos.net
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    9 comentários:

    1. O investidor quando compra açoes tem que enxergar que ele comprou direitos de participação naquela empresa. Deve se manter sócio enquanto ela for boa, se beneficiar dos lucros por ela gerados e esquecer preço.
      Será que a família Maluf fica toda hora olhando a cotação da EUCA3? Fica lendo recomendação de corretora ou indicação de "analistas"? Acho que não.
      Não tão nem aí pra isso, afinal não vão vender mesmo.
      Esse deve ser comportamento do investidor no B&H.

      Abs

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      Respostas
      1. Olá Paulo! Obrigado por seu comentário! Este é outro aspecto importante do investimento à longo prazo - comprar por valor e não pelo preço - e quando pensamos em valor voltamos ao conceito de empresa excelente, que apresenta resultados reiterados ao investidor através de produtos com diferencial competitivo. Um abraço!

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    2. Você não publica mais sua carteira não rapaz.

      É um dos posts que eu mais gosto.

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      Respostas
      1. Olá "Anônimo". Em virtude de alguns problemas que eu (e outros blogueiros) passamos, como e-mails sobre nosso patrimônio etc e levando em conta a minha exposição, no momento este tipo de post está suspenso. Sinceramente, espero voltar com as análises (com outra roupagem, obviamente) o quanto antes. Um grande abraço e obrigado por acompanhar o blog!

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      2. mas pq vc não coloca só as empresas e a porcentagem de exposição?

        ai ninguem sabe quantos contos de reis você tem

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      3. e só mais uma pergunta.

        Pelo fato de trabalhar principalmente com tecnologia você não tem medo de investir na Cielo?

        Sabe, as maquininhas podem desaparecer do dia pra noite e um novo método de pagamento pela iris dos olhos ser inventado (exemplo) e pronto. Já era a empresa.

        Assim como o exemplo da datilografia que você citou.

        Não acha?

        Que tecnologia é uma coisa muito delicada de investir?

        O mesmo vale para a Valid.

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      4. Acredito que esta é uma questão de adaptação. Se as tecnologias estão mudando, as empresas também tem que se adequar. Voltando ao assunto da empresa que fabrica maquinas de datilografia: se a empresa fosse pró-ativa ela poderia ter "sacado" a essa mudança de mercado e montado um processo de modernização, começando a vender computadores. As empresas tem administradores (que ganham muito bem por sinal) e eles estão lá para isso: encontrar novas oportunidades de investimento para fazer a empresa crescer e gerar valor para o acionista. Caso a empresa comece a ficar parada no tempo é hora de reajustar a carteira, como escrevi sobre a necessidade de se revisar periodicamente os ativos. Por outro lado e por enquanto, os meios existentes de pagamento vão muito bem, como podemos observar através do aumento considerável de cartões de crédito/débito ativados. Um grande abraço!

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      5. Perfeito!
        FRACTAIS!

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