A necessidade de se diversificar uma carteira investimentos é um tema bastante recorrente, mas que sempre vale a pena relembrar. Vamos neste post, através de um exemplo prático mostrar como a baixa (ou nenhuma) diversificação podem afetar negativamente um portfólio.
Eu sempre afirmo no blog que sou contra uma hiper diversificação de carteira, visto que isso pode levar a uma pulverização do valor investido e por consequência dos resultados obtidos. Por outro lado, isso não quer dizer que eu seja contra a diversificação - muito pelo contrário. Técnicas como a alocação de ativos, podem ser de grande valia para o investidor que não tem muito tempo para acompanhar o mercado e quer minimizar suas perdas.
Quem já leu o livro "Casos de sucesso no mercado de ações" - que eu recomendo fortemente - irá conhecer a história de um investidor que ficou rico investindo em apenas uma ação (salvo engano nas das Cemig). Ele aproveitou um momento de descrença no ativo e comprou um considerável número de ações que se valorizaram fortemente nos anos seguintes. Evidentemente, este é um comportamento de alto risco e quanto maior o risco, maior o retorno e vice versa.
Hoje em dia não podemos correr estes riscos, visto que a "poupança" acumulada em ações pode ser (e geralmente é) o resultado de anos de trabalho e esforço pessoal. Gostaria de neste post dar como exemplo o caso da Laep.
Ela entrou na bolsa de valores em 2007, tendo como único ativo as operações da Parmalat que estavam seriamente comprometidas. O que aconteceu desde 2007?
O ativo se desvalorizou em 99,94% e estão próximas de virar pó (se já não podem ser consideradas assim...). Neste meio tempo, diversas notícias de recuperação foram aventadas, muitos compraram grandes quantidades do ativo e deixaram de investir em boas empresas - acreditando na recuperação desta empresa, que como sabemos não ocorreu - apesar de toda a experiência do fundador da Laep em recuperação de empresas com problemas financeiros.
Quem concentrou grande parte de seu dinheiro nesta ação, não deve estar muito feliz, até porque não deve ter conseguido vender suas posições devido a situação da empresa. Quem comprou, mas soube equilibrar o risco pode não estar feliz, mas com toda certeza está sofrendo bem menos. Devido à esta história verídica, podemos entender a importância de uma ampla diversificação dos investimento (mesmo entre boas empresas) pois ninguém sabe o futuro, sendo melhor (e claro que não desejável!) perder 1/10 de seu dinheiro do que ver tudo virar pó e se perder pelos ares!
Conclusão: nenhuma empresa é 100% segura e a diversificação é a melhor escolha para o investidor.
Conclusão: nenhuma empresa é 100% segura e a diversificação é a melhor escolha para o investidor.
Um grande abraço a todos!
Créditos da imagem: freedigitalphotos.net
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