Alcance sua independência financeira!

Assine Nosso Feed!

  • Receba artigos e informações valiosas para se destacar no mercado financeiro e ganhar dinheiro.
  • Fique tranquilo(a), sua privacidade será respeitada.


  • segunda-feira, 22 de abril de 2013

    Taxa SELIC: aumentar ou diminuir?


    A grande discussão da economia na semana passada girou em torno da taxa básica de juros, a conhecida Selic. Aumentar ou diminuir: eis a questão!





    Boa parte da instabilidade da bolsa nos últimos dias ocorreu devido à uma grande incerteza no cenário econômico interno: a alta da inflação (que começa a preocupar) e a necessidade do governo tomar decisões importantes, mas não muito populares.

    Pois bem, na ultima reunião do COPOM (Comite de Políticas Monetárias) o Banco Central realizou seu primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011 - e esta decisão não foi unânime.

    Mas porque esta decisão tem influenciado tanto os rumos do mercado financeiro no Brasil?

    Primeiro devemos entender todo o mecanismo por trás desta modulação dos níveis da taxa básica de juros. Com o juros relativamente baixos (e ainda longe daqueles observados em outros países), o país tende a crescer mais, pois as industrias podem investir mais (contratando empréstimos mais baratos) e as pessoas consomem mais, o que por consequência leva a um maior risco de aumento da inflação.


    Por outro lado, juros mais altos dificultam o crescimento da economia, pois as empresas investem menos (pois o crédito fica mais caro) e as pessoas consomem menos, levando a inflação para baixo, mas enfraquecendo a economia.

    Foi promessa de campanha da nossa presidente baixar os juros e manter o crescimento e a capacidade de consumo da população - um cenário que vem se consolidando há alguns anos. Desse modo, por menor e mais insignificantes que sejam as alterações na economia (0,25 p.p. de aumento na taxa básica de juros) toda uma imagem politica (não é este o foco do post) tende a se "arranhar" e o governo se vê em uma situação bastante delicada: manter o consumo (e manter a imagem de crescimento do Brasil) ou diminuir o consumo (e evitar o avanço da inflação) e gerar um desgaste político.

    A questão do aumento ou diminuição da taxa de juros é uma linha muito tênue que o governo - e mais precisamente o Banco Central (que teoricamente é um entidade independente e deve tomar suas decisões sem seguir determinações do governo) devem aprender a manejar sem afrouxar para nenhum dos lados, pois não podemos voltar a ter um nível inflacionário preocupante, bem como uma política voltada apenas ao consumo sem observar os preocupantes efeitos colaterais que podem ser observados no longo prazo.

    Equilíbrio logicamente é a resposta, mas caminhando na corda bamba não é fácil escolher para que lado se equilibrar.


    Créditos da imagem: http://www.freedigitalphotos.net
    Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

    4 comentários:

    1. Ok, parabéns pelo tema, muito pertinente para o momento. Mas vamos ao que interessa :
      1) aumentando a taxa de juros, os investimentos de renda fixa ficam um pouco mais atraentes que estavam até então?
      2) Pode haver uma piora no desempenho da bolsa e dos FII´s com este aumento dos juros?
      3) Com juros baixos e consumo alto tivemos inflação, mas não tivemos crescimento, basta ver o PIBinho. Então, além da incompetencia do governo, a que se deveu isso?

      ResponderExcluir
      Respostas
      1. Olá! Respondendo suas questões:

        1) Se a taxa continuar subindo a renda fixa começa a ficar mais atraente e alguns investidores tendem a sair da renda variável.

        2) Não necessariamente.

        3) Acredito que a culpa maior seja do governo. Deve-se frisar que muito dos resultados apresentados pelo governo (como o suposto superávit) foi resultado de uma grande maquiagem contábil.

        Um abraço!

        Excluir
      2. Olá Rafael, fiquei ocupado e não apareci tanto no blog...

        Concordo com você cara, o governo deu uma maquiada legal no superavit primário no final do ano...é que no Brasil foi pouco divulgado mas lá fora "pegou muito mal" essa manobra...estão perdendo a crença na gente...

        Cara, e sabe qual foi o outro resultado que "maquiou" nosso super PIB de 0,9%? Não quero parecer bairrista, mas o PIB do Estado de São Paulo foi 1,6%. Ou seja, com esse valor, o resto do país cresceu ínfimos 0,5%!!!

        Neste cálculo considerei o PIB paulista como sendo 30% do PIB nacional (É 32,5% mas arredondei).

        Tem muito mais maquiagem do que imagina.....

        Abraço!

        Excluir
      3. Infelizmente Bchieregatti, muito pouco destas "maquiagens" foram divulgadas. Um abraço!

        Excluir