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  • quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

    Entenda a questão do abismo fiscal dos EUA


    Os últimos dias (ou horas) de 2012 foram marcados por bastante nervosismo no mercado financeiro, pois novamente os problemas fiscais dos EUA entravam em cena e deixavam o mundo inteiro apreensivo. Infelizmente, apenas uma solução temporária foi tomada e novos capítulos desta novela devem ser observados nos próximos meses.

    Entendendo o abismo fiscal dos EUA

    Muitos se lembram que em 2011 os EUA correram o risco de dar um verdadeiro calote em seus credores, pois naquele ano este país atingiu seu limite máximo de endividamento: 14,3 trilhões de dólares (sim, trilhões!). Por ocasião deste cenário foi construído um acordo entre os congressistas americanos e o governo: a câmara e o senado aprovariam a ampliação do déficit fiscal do país em mais 2,1 trilhões de dólares enquanto que o governo Obama se comprometia à realizar um aumento de impostos e um grande corte dos gastos públicos, de modo a tentar sanear a economia daquele país.

    Se tal acordo sobre o abismo fiscal não tivesse sido aprovado no dia 31 de dezembro, no dia 1º de janeiro de 2013 automaticamente os impostos iriam subir (voltariam aos níveis de 2001) e o governo teria que cortar os gastos públicos em cerca de 109 bilhões de dólares o que invariavelmente iria afetar os gastos com programas sociais e com a defesa do país, o que mancharia mais ainda a já conturbada imagem do presidente Obama e deixaria muitos americanos sem receber ajuda do governo (ocorreriam cortes no auxilio desemprego, no programa de saúde do governo etc.).

    Muitos analistas ainda projetam que se tal acordo não fosse aprovado observaríamos uma alta no desemprego nos EUA (podendo chegar à 9%), encolhimento do PIB e redução das importações. Deste modo fica fácil entender porque não só os EUA sofreriam as consequências do abismo fiscal, mas países como o Brasil, Índia e China também seriam bastante afetados, pois são grandes exportadores.

    Mas a novela continua...

    O grande problema é que este acordo do dia 31 foi temporário e deverá ser revisto em dois meses - ou seja - mais turbulências no mercado nos aguardam em fevereiro.


    Conclusão

    A questão do abismo fiscal é de extrema importância não só para os EUA, mas para todo o mundo - e deve ser discutida e logo resolvida. Porém, ela tem seu lado bom e seu lado ruim: se as reformas fiscais entrarem em vigor poderão permitir que os EUA entrem novamente nos "eixos" pois irá obrigar o governo Obama à sair desta bola de neve de gastos que tem piorado ano a ano a situação dos americanos. Infelizmente tal política irá levar ao aumento do desemprego e a uma recessão deste país (principalmente devido ao aumento dos impostos). Por outro lado, a manutenção da atual política - ainda que estimule a economia - vai levar cada vez mais os EUA para o buraco.

    Um grande abraço a todos!

    Créditos da imagem: freedigitalphotos.net
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    2 comentários:

    1. RPA,

      Excelente explicação. Mais uma vez parabéns.

      Pensando em nós pequenos investidores, caso este problema ainda demore a ser resolvido e, consequentemente, gere apreensão no mercado, isso pode ser bom, pois, vai depreciar bons ativos e dar oportunidade de compra barata ós holders.

      Como diz Lirio Parisoto: no mercado tem muito ativo bom e também tem muito ativo barato. O difícil é encontrar ativos bons e baratos ao mesmo tempo.

      Quem sabe esta crise não seja uma oportunidade para acharmos os ativos assim?

      Aliás tenho lido alguns textos especializados que garantem que BBAS3 e PETR4 vão tender a uma forte alta a partir do segundo semestre de 2014. O que acha disso?

      Valeu!

      Carlos

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      Respostas
      1. Olá Carlos! Primeiramente obrigado pelo comentário! Apesar da depreciação dos ativos trazer diminuição do nosso patrimônio (e ver esta situação não é fácil para muitos investidores) acaba por outro lado permitindo uma janela de compras muito boa, com ativos bastante descontados. Em relação à Petro não posso falar muito pois há tempos não acompanho o ativo em profundidade. Agora se o mercado internacional e o interno ajudarem, não só o Banco do Brasil mas também outros ativos podem registrar boa alta no final de 2013 e inicio de 2014. Mas como no mercado financeiro nada podemos afirmar ou projetar (pois são muitas as variáveis envolvidas), resta-nos seguir comprando e aguardar para ver ;) Um grande abraço!

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