Muitas vezes, conceitos aparentemente simples podem gerar grande confusão na mente dos investidores. Os setores de consumo, apesar de serem facilmente interpretados, trazem informações que vão muito além do seu conceito acadêmico.
Setor Cíclico
Este setor é composto por empresas que dependem de um determinado ciclo da economia para obterem ganhos mais expressivos e é composto por companhias do setor de comércio/varejo, hotéis, tecidos, calçados, lazer etc.
Na prática: em uma época de crise, quando o dinheiro está curto, podemos (e até devemos) adiar aquelas férias tão desejadas ou acabamos comprando somente o necessário, sem esbanjar. Já quando estamos em um período de prosperidade econômica (como o "boom" de consumo que o Brasil vem passando) as pessoas facilmente podem decidir por comprar mais de um par de sapatos ou mesmo comprar roupas mais caras.
São exemplos deste setor: Lojas Renner, Hering, Lojas Americanas, Arezzo, Saraiva, Whirlpool, dentre outras.
Setor Não-Cíclico
O setor de consumo não-cíclico é composto por empresas do setor alimentar, fumo, bebidas, saúde etc. Estas empresas são assim denominadas pois nas épocas de crise seus resultados são menos afetados quando comparados com as empresas de consumo cíclico. Pense comigo: em uma recessão econômica nós não deixamos de comer, tomar aquela cervejinha ou mesmo comprar um cigarro. Isso não quer dizer que estas empresas passam incólumes pela crises - muito pelo contrário - elas podem ser afetadas, mas geralmente são em um nível bem menor.
São exemplos deste setor: Ambev, BRFoods e Souza Cruz.
Na prática
As empresas de consumo não-cíclico tendem a apresentar uma menor variação tanto de receitas, como de lucros em épocas de recessão e/ou crises, podendo ser consideradas defensivas e entrar em uma carteira de investimentos para diversificar e contra-balancear o investimento nas empresas de consumo cíclico.
Crédito da imagem: freedigitalphotos.net
RPA,
ResponderExcluirMe fala uma coisa. Quais são os principais riscos que envolvem a CMIG3 hoje?
Estou querendo entrar no papel, mas estou receoso devido ao que aconteceu com a Eletropaulo.
Obrigado
Olá! Os riscos são os mesmos inerentes aos papéis do setor. O governo pode alterar mais uma vez "as regras do jogo", ela pode ter problemas de receita etc...bem como tudo isso pode não acontecer. Um abraço!
ExcluirSim... entendi. Mas em termos concretos a gente tem a questão das coñcessões que vão acabar em 2015-2016 e não vão ser renovadas.
ExcluirNeste caso, não é risco. É fato. O risco seria se o impacto destas perdas diminuirem muito o lucro líquido da empresa. Correto?
Que que você acha?
Esse é um grande risco, porém ainda não sei como isso tudo vai afetar a empresa. Sinceramente, fiquei apenas com ela (das elétricas) pois na minha opinião é a mais diversificada (em relação à serviços e atuação) e tem boa governança, mas teremos que esperar para ver os verdadeiros resultados e implicações destas mudanças. Um abraço!
Excluiro que você acha de aplicar hoje em fundo de consumo?
ResponderExcluirEste tipo de fundo (que vem tendo praticamente o mesmo desempenho do IBOVESPA) vai ter bons resultados enquanto o boom do consumo do brasileiro continuar, depois fica difícil manter o mesmo crescimento. Um abraço!
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