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  • quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

    Como calcular o preço justo de uma ação


    A questão do preço justo de uma ação é um conceito que ainda gera muita controvérsia entre os investidores. Neste post vamos entender alguns métodos de obtenção deste valor e como utilizá-los na prática.


    Conceito de preço justo

    Considera-se um preço justo quando o que damos em troca por alguma coisa é equivalente ao que estamos recebendo.

    Este conceito é válido a qualquer tempo e qualquer situação. Podemos aplicá-lo ao trocar um produto por outro, um serviço por outro, um produto por um valor financeiro, uma concessão por outra, um favor por outro e assim por diante.

    Se alguém paga por um produto um valor inferior ao que acha que o produto vale, vai inicialmente acreditar que levou uma vantagem, mas com o tempo vai atribuir àquele produto exatamente o valor que pagou.

    O mesmo ocorre quando se paga um valor superior ao que o produto vale. Esta pessoa vai com o tempo acreditar que o produto vale o que pagou. O conceito aplica-se também, mas de maneira inversa, para quem está entregando/vendendo o produto.

    O preço de mercado nem sempre reflete o preço justo de um produto e está relacionado à diversas variáveis de mercado, como oferta e demanda, otimismo quanto a resultados futuros de uma empresa etc.

    Existe um método infalível para se encontrar o preço justo de uma ação? Como veremos a seguir, os métodos utilizados são sempre baseados em projeções de lucros futuros ou de dividendos futuros, o que pode nos dar uma percepção aproximada do valor justo de um ativo, mas nunca seu valor intrínseco (real).

    Método do fluxo de caixa descontado

    Este é um dos métodos mais utilizados no mercado. Segundo o conceito exposto no portal GuiaInvest:

    "O preço justo da ação é obtido através do método de fluxo de caixa descontado. Esta metodologia de avaliação tem como base a projeção dos lucros futuros da companhia para um determinado período de tempo.

    O fluxo de caixa consiste no conjunto de receitas e despesas ao longo do período projetado. Ele representa a situação financeira da empresa, e por sua importância é dele que se extrai o valor da empresa ou preço justo da ação. Esse método é popularmente utilizado por investidores, analistas financeiros e profissionais do mercado de ações."

    Método Décio Bazin

    O método apresentado no livro "Faça fortuna com ações antes que seja tarde" é outro meio bastante utilizado para se encontrar o preço justo de uma ação. Muitas pessoas criticam tal método, mas eu o acho bastante válido quando pensamos em ações voltadas para dividendos.

    Em seu método, Décio sempre comparou o rendimento (em dividendos) que as ações podem nos proporcionar com a renda fixa. Segundo ele, se a ação não remunera bem o investidor (ou seja, menos que a renda fixa) não tem porque ele comprar o ativo em questão. Sei que não devemos pensar apenas no valor dos dividendos, pois existe o fator "crescimento da cotação" que pode em muitos casos ser mais interessante que o valor recebido em dividendos, mas excetuando-se tal variável, convencionou-se que para encontrar o preço justo de uma ação o investidor deveria multiplicar o dividendo anual pago pela ação por 100 e dividir por 6 (ou multiplicar tal dividendo diretamente por 16,67).

    Deste modo (segundo Bazin) quando pagamos um valor maior que o resultado desta equação a remuneração do ativo perde para a inflação o que não compensaria para o investidor. E quando pensamos em um investimento exclusivamente focado em dividendos na minha opinião ele está certo.

    Comparações

    A tabela abaixo faz uma comparação do preço justo encontrado para alguns ativos através dos dois métodos apresentados neste post:


    Para o calculo através do método de fluxo de caixa utilizei a calculadora do portal GuiaInvest com o lucro por ação e a taxa de crescimento na média dos últimos 5 anos. Já para o calculo utilizando o método do Décio Bazin utilizei os dividendos pagos em 2012 (quando eles se mantém em uma média de crescimento nos últimos 5 anos).

    É fácil verificar que os preços justos apresentados variam bastante nos dois métodos. Por exemplo, quando pensamos em Banco do Brasil o método do fluxo de caixa nos apresenta uma margem de segurança de aproximadamente 600% enquanto que pelo método do Décio Bazin essa margem se apresenta bem menor.

    Portanto, qual método usar?

    Existem somente estes dois métodos para se encontrar o preço justo de uma ação? Definitivamente não, até porque muitos investidores inclusive desenvolvem métodos pessoais para tal fim e isso acaba se tornando algo muito pessoal. Além disso, fica claro que a abordagem destes métodos é bem diferente e serve para focos de investimento diferentes. Mesmo assim acredito que podem ser utilizados em conjunto, principalmente para aqueles investidores que mantém uma carteira com um "mix" de ações voltadas para crescimento e dividendos.


    E você amigo leitor, qual o seu método para obter o preço justo de suas ações?

    Um grande abraço à todos!

    Créditos da imagem: freedigitalphotos.net
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    8 comentários:

    1. gostei muito do post uso muito a calculadora do guiainvest com referencia costumo ler balançoes entrar em contato com RI para complementar meu estudo

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    2. Podia colocar o link da calculadora ...
      Abraços

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      Respostas
      1. Olá! A calculadora fica dentro do portal GuiaInvest, que é uma espécie de rede social de investidores. Ao se cadastrar lá, você terá acesso. Um grande abraço!

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    3. bbas3, petr4 e eter3 baratas, e as ambv4 e vale5 estao caras é isso?

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      Respostas
      1. Depende do ponto de vista e do foco do investidor. Neste exemplo - que utiliza dados do 06/02/2013 e hoje pode não se repetir - pelo método do fluxo de caixa e para aquele investidor que foca valorização do patrimônio, AMBEV ainda está barata enquanto que para aquele que foca dividendos ela está cara. Um abraço!

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    4. Olá, Rafael,

      o MFCD vai muito além da calculadora do GuiaInvest! rsrsrsrs

      De fato, utilizar apenas a SELIC como taxa de desconto já é um erro, pois sempre há um spread sobre a dívida e a remuneração desejada pelos acionistas é sempre maior que a SELIC, e, assim sendo, a taxa de desconto sempre será maior.

      Utilizar apenas a SELIC é sobrevalorizar o ativo.

      Grande abraço!

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      Respostas
      1. Olá dimarcinho! Sei que o método é bem mais complexo, mas que a calculadora ajuda bastante. Acredito que a utilização do fator de 16,67 - esquecendo um pouco da SELIC - ajuda o investidor na questão de optar por ativos com uma remuneração mais expressiva, no caso, maior que 6%. Um grande abraço e mais uma vez obrigado por sua participação no blog!

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