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  • segunda-feira, 22 de outubro de 2012

    O que podemos aprender nas épocas de crise?


    Há 25 anos, mais precisamente no dia 19 de outubro de 1987 as bolsas de valores ao redor do mundo despencaram registrando uma queda história. O portal MarketWatch conversou com diversos investidores que estavam no mercado naquela época e extraiu deles lições que podem ser aplicadas em quaisquer épocas de crise e que eu não poderia deixar de divulgar no blog.


    1 - Esteja objetivo quando outros estão emotivos - Peter Langerman, presidente e CEO (Chief Executive Officer) da Franklin Templeton

    Manter a calma durante as crises não é nada fácil. Ver sua carteira de investimentos perder valor de uma hora para outra pode gerar as mais diversas reações e geralmente os resultados são desastrosos. Quando uma crise se instala de nada adianta ouvir o lado emocional. Devemos ser objetivos: se as empresas em que investimos são realmente boas empresas, elas continuarão gerando valor para o acionista e vende-las provavelmente será um mau negócio.

    2 - Seja como Warren Buffet: compre quando há medo, venda quando há ganância - Charles Rotblut, vice-presidente da Associação Americana de Investidores Individuais

    Este ensinamento é praticamente em desdobramento do primeiro. Em épocas de crise acontece com muita frequência um comportamento que é o contrário do que deveria ocorrer. Ao invés de comprar mais e melhor boas empresas (pois as crises permitem diversas promoções), o investidor - principalmente o iniciante - acaba seguindo a manada e por medo vende seus ativos. Por consequência ele tem prejuízo.

    3 - Faça uma lista do que comprar - Marty Leclerc, diretor da Barrack Yard Advisors

    Se você já tem uma carteira montada, tenha foco no que deseja comprar. Não adianta comprar diversos ativos que estão baratos e pulverizar seu investimento. Se os ativos do seu portfólio estão baratos e são realmente bons, dê foco neles para potencializar os resultados futuros.

    4 - O que sobe rápido, também cai rápido - Gary Shilling, presidente da A. Gary Shilling & Co.

    Muitos lembram que antes da crise de 2008 as ações subiram bastante e em poucos meses caíram para um patamar de preços bastante inferior do registrado. Tudo isso foi muito rápido. E vale aqui um adendo (que não tem relação com a crise) mas que encaixa muito bem no tema: quem não se lembra do caso das ações da Mundial. Em poucos dias subiram horrores (por causa da especulação) e em poucas horas perdeu tudo que havia ganho. "Olho aberto" nestes casos é essencial.

    5 - Nada é impossível - Ted Aronson, estatístico e fundador da firma de investimentos AJO

    Este ensinamento é um complemento do anterior. Quando as ações atingiram valores bastante altos em 2008 (antes da crise) muitos analistas afirmavam aos quatro cantos que esta euforia não acabaria e os preços continuariam subindo. Como sabemos, nada disso aconteceu. Quem garante que a atual crise não irá gerar quedas ainda mais expressivas no índice bovespa?

    6 - Não dê muita atenção aos problemas diários - Bob Pavlik, estrategista-chefe da Banyan Partners

    Noticias diárias podem afetar sobremaneira a percepção do investidor. Acompanhar o homebroker diariamente ou de hora em hora é outro erro grave. Se o investimento é de longo prazo, não será uma noticia sobre a queda do preço da abobrinha na Grécia que vai colocar tudo abaixo.

    7 - Não saia do mercado - William Braman, CIO (Chief Investment Officer) na Ballentine Partners

    É nos momentos de crise que o investidor pega trauma da bolsa. Ao menos que você realmente precise do dinheiro investido, não saia do mercado. Geralmente o mercado se porta de modo cíclico onde perdas se alternam com ganhos. Ao sair do mercado nas crises você pode perder ótimas oportunidades de ganhar dinheiro.

    8 - Não use o calendário para rebalancear o portfólio - Diliberto

    Muita gente costuma passar o ano inteiro comprando diversos ativos e nos últimos meses direciona as compras para os ativos com menor participação (mesmo que menos vantajosos) na carteira, de modo a equilibrar as posições e diminuir os riscos. Acredito que neste caso (nas crises) devemos priorizar os ativos com maior chance de gerar retorno no futuro.

    9 - Aposte somente o que você puder apostar - Rotblut

    Em 2008 ou mesmo em outras crises ouvimos falar de investidores que venderam o carro para colocar tudo na bolsa. Se desfazer de bens para apostar em ativos já é um erro na minha opinião e ainda mais quando não temos experiência na bolsa como aconteceu (e ainda vai acontecer) com muitos investidores que esperam ganhos eternos. O mesmo acontece quando utilizamos sistemas de alavancagem pegando dinheiro emprestado da corretora para turbinar as compras. Podemos ter sucesso atuando desta forma? Sim, mas dependeremos da sorte e nem sempre ela está ao nosso lado. E como um certo blog já escreveu: ninguém fica rico por acaso. Use o seu dinheiro para investir.

    10 - O risco é maior hoje em dia - Rotblut

    Com todas as oportunidades hoje em dia, como acesso ao homebroker, possibilidade de alavancagem rápida etc. o risco se torna maior, ainda mais quando pensamos em investidores entrando no mercado sem o necessário preparo achando que ficarão ricos da noite para o dia.

    Como vimos estas são lições muito importantes e que se tornam assunto para horas de reflexão sobre nossas atitudes do passado, do presente e principalmente sobre como iremos nos portar no futuro frente à crises e euforias, pois assim como vem as crises, vem a bonança e novamente a crise.

    Um grande abraço a todos!

    Créditos da imagem: freedigitalphotos.net
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    14 comentários:

    1. Olha o caso 8:

      isto é contra ou favor do tal Rebalanceamento na Alocação de Ativos ?

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      Respostas
      1. Contra. Por isso é uma dica boa.

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      2. Desculpe anônimo sua resposta esta errada. São coisas bem distintas, cuidado ao dar respostas nos Blogs.

        Dimarcinho, o texto assim como o WB, é a favor do re balanceamento da carteira em termos de renda fixa e renda variável, este texto fala contra outro tipo de re balanceamento o de ações dentro da carteira, de empresas com pequeno percentual de participação na carteira a empresas com grandes percentuais de participações. Tem pessoas que cometem o erro de ter, por exemplo, 4 ações e querer manter sempre 25% aplicado em cada, ai quando uma sobe no percentual de participação, ele vende e compra mais da que tem menor percentual, trazendo novamente todas para os 25%, isso é um grande erro. O balanceamento deve ser apenas feito entre alocação, como por exemplo, renda fixa e renda variável, onde você decide, por exemplo, 70% em renda variável e 30% em renda fixa.

        Abraço Dimarcinho

        Rafa, desculpe a intromissão ao responder em seu Blog, excelente texto este da crise, mas se Deus quiser ela vai embora e termos mais 7 anos de bonança rsrsrsrrs

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      3. Olá Rudi! A sua participação e de todos os leitores é sempre bem vinda. Este é o intuito do blog. Excelente explicação! Um grande abraço!

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      4. Rudi, olha o q vc escreveu:

        "Tem pessoas que cometem o erro de ter, por exemplo, 4 ações e querer manter sempre 25% aplicado em cada, ai quando uma sobe no percentual de participação, ele vende e compra mais da que tem menor percentual, trazendo novamente todas para os 25%, isso é um grande erro."

        Isto é EXATAMENTE o que vários fundos fazem, inclusive ETF's.

        Se é um erro, então os ETFs são um erro ?!?!????

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      5. Olá dimarcinho! Acredito que o que o Rudi escreveu foi no sentido que alguns investidores fazem o balanceamento da carteira mesmo existindo melhores opções de compra o que faria com que a carteira ficasse "desequilibrada". Um grande abraço!

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    2. Parabéns pela excelente qualidade da postagem!

      Abraços

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      1. Olá Além da Poupança! Mais uma vez, muito obrigado por acompanhar o blog! Um grande abraço!

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    3. Olá... mais uma vez muito bom post.
      O caso 8 realmente pra mim realmente ficou uma interrogação... eu faço exatamente o que está escrito para não fazer.

      [ ]s
      Carlos

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      Respostas
      1. Olá Carlos! O tópico oito não vem desmerecer a alocação de ativos. Muito pelo contrário, pois ela é essencial. O que é indicado neste tópico é que se de preferencia na compra de ativos da carteira que estão mais baratos e podem dar um melhor retorno no futuro. Vamos à um exemplo hipotético: digamos que você tem em carteira Ambev e Banco do Brasil. Eu particularmente (e neste momento) focaria na compra de Banco do Brasil pois apesar da Ambev ser uma excelente empresa o Banco do Brasil está sendo negociado à um bom preço e comprando mais barato posso comprar mais e melhor. Quando o mercado estiver em uma outra situação - por exemplo quando começar a ter ganhos e os ativos começarem a ficar em um preço equilibrado - você pode voltar a fazer a alocação. Um grande abraço e obrigado pela participação no blog!

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      2. Pois é, RPA,

        mas aí não é seguir o Método do Rebalanceamento, sem que tenhamos que interferir e nosso psicológico possa atrapalhar, etc, etc, etc

        A verdade é que Alocação de Ativos não é isso.

        Alocar é SIM saber mais ou menos os momentos de entrada e saída, saber avaliar qdo os ativos estão baratos e entrar, qdo sobrevalorizados sair.

        Sou veemente contra esse método, pois prega milagres e não é nada disso.

        []s!

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      3. Olá dimarcinho! Investir não é fácil. Temos variáveis psicológicas, de mercado, de oportunidade etc. A alocação de ativos tem como função principal diminuir os riscos da carteira através da alocação do dinheiro em diversos investimentos de acordo com as características do investidor. Como sabemos, diminuindo-se o risco, muitas vezes diminuímos o retorno. Não acredito que seja uma técnica "furada" - muito pelo contrário - porém não é a unica existente. Um grande abraço!

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    4. Um ensinamento interessante que vale tanto para a bolsa quanto para a vida.

      Quando tomamos uma decisão envolvidos por um sentimento, seja ele bom ou ruim, muito provavelmente estaremos tomando a decisão errada. Sentimentos devem sempre ser a consequência de um ciclo e não o ponto de paetida para um novo.

      Por exemplo: você pode ficar chateado ou feliz após um período de perdas ou ganhos na sua carteira. Mas jamais deve usar estes sentimentos como ponto de partida para tomar novas decisões e tentar se iniciar em um novo ciclo.

      Um outro ensinamento: se a escada está apoiada na parede errada, cada degrau que subimos é um passo a mais rumo ao lugar errado. (Não me lembro o autor). A carteira de um holder deve ter a tendência de permanecer a mesma ou aumentar a sua base, pois, pressupoe-se que aqueles ativos foram devidamente estudados e analisados antes de terem sido comprados.

      Entretanto, isso não quer dizer que ela deva SEMPRE estar com os mesmos ativos. Se você percebe que cometeu um erro, ou que fatores externos novos comprometerão o futuro de um ativo da sua carteira, não hesite em retirá-lo ou dar uma pausa nas compras enquanto estuda melhor a situação. Fica comprando este ativo é como subir a tal escada que está na parede errada....

      Atenciosamente,

      João Victor

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      Respostas
      1. Olá João Victor! Excelentes as suas ponderações e que só vem a somar ao tema proposto pelo post. Obrigado pela participação e apareça sempre!

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