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  • quarta-feira, 29 de agosto de 2012

    Projeção da evolução de uma carteira de dividendos


    Os leitores que acompanham o blog já perceberam o quanto eu gosto de exemplos práticos e de projeções. Em 2011 escrevi um post sobre a evolução de um investimento em dividendos, analisando  o comportamento de aportes em uma unica ação. Como nosso objetivo é sempre minimizar os riscos e investir a vida toda em uma ação é extremamente arriscado, fiz um estudo sobre a evolução de uma carteira baseada majoritariamente em dividendos frente à diferentes cenários. Vamos aos dados!
    Para realizar estas projeções,  dividi o post em 3 cenários:

    1. Cenário favorável

    Neste exemplo utilizarei um investimento inicial de R$ 1.000,00 mensais, corrigidos anualmente pela inflação (média de 5%), com um DY médio de 8%, um crescimento anual de 10% no valor das ações e re-investimento total dos dividendos.


    Neste exemplo podemos confirmar o efeito benéfico do re-investimento constante dos dividendos e da escolha de empresas excelentes (com crescimento constante do valor da ação). Ao final de 5 anos já podemos obter uma renda que chega perto do atual salário minimo. Claro que não é este o nosso intento, mas ao final de 20 anos de investimentos o resultado é fantástico.

    2. Cenário neutro

    Agora iremos focar um investimento inicial de R$ 1.000,00 mensais, sem correção anual pela inflação, com um DY médio de 8%, sem crescimento anual no valor das ações e re-investimento total dos dividendos.


    Este cenário neutro mostra que até em economias lateralizadas podemos ter resultados palpáveis focando em dividendos.

    3. Cenário altamente desfavorável

    Neste outro exemplo temos uma carteira com um investimento inicial de R$ 1.000,00 mensais, sem correção anual pela inflação, com um DY médio de 8%, com uma perda anual no valor das ações em torno de 10% e re-investimento total dos dividendos durante os 20 anos de investimentos.


    Neste último exemplo temos o resultado que eu acho mais fantástico e que pode nos dar uma grande lição: o investimento, mesmo que não apresente os resultados desejados, nunca é em vão. Pode ser que neste exemplo o investidor tenha errado em suas previsões e escolhido ações de empresas que sofreram muito nos anos de investimentos, mas mesmo com toda perda registrada ainda no final de vinte anos ele teria uma carteira valendo quase R$ 200.000,00 e uma renda de R$ 1.325,12.

    Deve ficar claro que não é este o cenário que desejamos. Dai a necessidade de estar sempre atento às empresas em que investimos e aos seus resultados realizando ajustes no portfólio sempre que necessário. Um carteira de dividendos não deve ser estática. Muito pelo contrário: quando houver necessidade devemos vender uma empresa ruim e substitui-la por uma melhor para não chegarmos à situação descrita no último exemplo.

    Se eu acho que estes cenários são possíveis? A resposta é sim. Mas devemos lembrar que o futuro a ninguém pertence e estas simulações se referem a um investimento perfeito o que é quase impossível de ser obter. Porém tais simulações nos dão uma excelente projeção do que pode ser alcançado em um investimento de longo prazo.


    E você leitor, o que achou de minhas previsões, são factíveis/palpáveis? E quais suas previsões para o seu futuro? Ele está planejado?

    Um grande abraço à todos!

    Créditos da imagem: freedigitalphotos.net
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    10 comentários:

    1. Ótimo post Rafael,

      Só faltou comentar que, mesmo no terceiro cenário, a perda é de 20% em 20 anos, o que dá, grosseiramente, apenas 1% ao ano.

      Outra coisa que os investidores não entendem é a velocidade com que se muda seu portfólio. Muitas vezes utilizam-se os dois extremos: ou mudam a carteira rápido demais ou não mudam nunca.

      No meu caso, acho que 1 ano é um bom prazo para decidir a manutenção, ou não, de um ativo na carteira. A Gafisa, por exemplo, me deu 5 meses de desgosto e agora parece retornar aos seus eixos. A expectativa é que ela volte a distribuir dividendos no 2T ou 3T2012. Se ela continuar nesse lenga-lenga até lá, liquido a posição e invisto em outra.

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      1. Olá Adriano! O que você relatou em relação ao portfólio é o que eu penso e tenho utilizado. Por exemplo, no caso da Eletropaulo não vai ser um trimestre ruim que fará com que eu venda minhas posições. Prefiro aguardar pelo menos um "exercício" para tomar qualquer decisão. Momentos ruins acontecem, mas a empresa tem que mostrar capacidade de se recuperar e isso não acontece de um dia para o outro. Um grande abraço!

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    2. Excelente artigo, gostei muito das previsões.

      Após ler seu site e pesquisar sobre o assunto mais afundo, mesmo que a dois anos já venho me interessando, eu havia decidido poupar e investir em ações das elétricas, especialmente eletropaulo, mas depois da queda das tarifas parece que nenhuma empresa paga dividendos suficientes e como tenho ações no simulador UOL vejo também que as ações de quase todas as empresas só caem.

      Gostei do seu exemplo, me motiva novamente.

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      1. Olá Lauro! Obrigado por seu comentário. O grande problema (e que já venho escrevendo há tempos aqui no blog) é a tendência de se focar somente em um setor. O ideal é fazer um mix de empresas e setores (bons pagadores de dividendos). Um só setor - como o elétrico - acaba nos deixando de mãos atadas pois virtualmente se torna uma carteira sem diversificação (apesar de diversificada). Um grande abraço!

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    3. Quem aplicou 100mil em PETR4 em 1996, hoje teria 2 milhões, sem reinvestir os dividendos.

      Quem resolveu reinvestir, hoje teria 4 milhões.

      Bela diferença, não?

      Dividendos no longo prazo fazem uma diferença monstruosa.

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      1. Olá dimarcinho! A época era outra (e o cenário econômico também) mas fico imaginando a situação de quem comprou ações da Petrobras ou Vale por alguns poucos reais há algumas décadas e as mantém até hoje. Um grande abraço!

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    4. Caro Rafael!

      Gostei do assunto e abordagem.

      Gostaria de sugerir um post, para tratar do possível/provável reflexo das medidas governamentais para desonerar a indústria nas empresas do setor elétrico.

      Obrigado e abs!

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      1. Olá amigo Arthur! Obrigado pelo comentário. Sua sugestão já foi registrada e vou estudar o assunto nos próximos dias para tecer alguns comentários. Um grande abraço!

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    5. Muito legal esse raciocínio, segue exatamente o que eu venho estudando e fazendo, apesar de que nos exemplos os valores de dividendos do primeiro ano estão zerados o que não é verdade.

      Teria como disponibilizar a planilha usada nos exemplos?

      Parabéns pela excelente matéria!!!

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      1. Olá cidsant! Obrigado! A planilha encontra-se disponível para download em http://www.ricoporacaso.com/2012/09/planilha-simulador-de-uma-carteira-de.html. Um grande abraço!

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