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  • quarta-feira, 2 de outubro de 2013

    O que são valores não-recorrentes nos resultados de uma empresa?

    Os chamados valores não-recorrentes aparecem com frequência nos resultados das empresas e podem fazer com que o investidor tome decisões incorretas de investimento. Deste modo, aprender a identificar estes eventos é muito importante para não errar na hora de investir.


    Inicialmente devemos entender que os valores não-recorrentes na realidade são receitas, ou de forma mais clara, é dinheiro que entra na empresa.

    Mas porque este valores são conhecidos como não-recorrentes? Estas receitas são assim denominadas pois representam valores que não tem relação direta com os lucros resultantes das operações da empresa e por este motivo tendem a não se repetir no futuro.

    Por exemplo: a empresa "X" que comercializa carros resolve vender alguns imóveis de sua propriedade gerando ao final 1 milhão de reais em receitas. Ao final do trimestre ao prestar contas aos seus investidores, este 1 milhão recebido da venda dos imóveis entrará no relatório de divulgação de resultados do trimestre, porém este valor não é resultado das vendas dos produtos que a empresa comercializa (carros), mas sim de uma venda pontual que não se repetirá no futuro (sendo portanto não-recorrente). Para o investidor mais apressado, este 1 milhão a mais no próximo resultado pode representar um grande ganho de lucratividade - que na realidade não ocorreu. É exatamente esta situação que o investidor deve ficar atento e aprender a reconhecer.

    Trazendo para a realidade do nosso dia a dia e apresentando um exemplo do mercado acionário: no quarto trimestre do ano de 2011 a AES Eletropaulo apresentou um lucro líquido de 687 milhões de reais, bem acima dos 311 milhões do quarto trimestre de 2010. Excelente não? O aumento do lucro decorreu do pagamento compensatório feito pela Companhia Brasiliana por conta da alienação da AES Eletropaulo Telecom pela TIM (notem o efeito não-recorrente), o que contribuiu em R$ 466,8 milhões para esse resultado.

    Excluído esse efeito (da alienação - que não iria se repetir nos próximos trimestres), o lucro teria sido de R$ 219,9 milhões, queda de 30% na comparação anual.

    Assim, podemos analisar com maior clareza o resultado acima: houve um aumento do lucro? Sim, isto está claro no relatório trimestral da companhia, porém este grande aumento não veio das operações de transmissão de energia, mas sim de um evento comprovadamente não-recorrente.

    Conclusão


    Novamente podemos observar a grande importância de se acompanhar as empresas em que investimos (ou desejamos investir no futuro) através dos relatórios trimestrais. Um grande ganho de lucratividade é algo muito bom, mas que sempre deve ser observado com "dois pés atrás", pois pode ser resultado das operações orgânicas da companhia, bem como referentes à eventos não-recorrentes que podem levar o investidor a ter uma percepção errônea dos resultados apresentados.

    Créditos da imagem: http://www.freedigitalphotos.net/
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    Um comentário:

    1. O problema não é haver os gastos/lucros não recorrentes. Mas quando o não recorrente torna-se recorrente!

      ;p

      www.ricodinheiro.com.br

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