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  • quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

    Análise: Vivo (VIVT4)


    As empresas de telecomunicações, apesar de participarem de um setor altamente problemático, geralmente são consideradas boas pagadoras de dividendos pois possuem um fluxo de caixa bastante regular. Neste post vamos conhecer um pouco mais sobre a líder deste mercado, a Vivo (VIVT4).



    Histórico

    Setor: Telecomunicações
    Subsetor: Telefonia
    Valor de mercado: R$ 55.278.310.782

    A Telefônica (hoje denominada Vivo) começou a atuar no país quando comprou a Companhia Riograndense de Telecomunicações - CRT, do Rio Grande do Sul, empresa que não fazia parte do sistema de telecomunicações brasileiro Telebrás, mas que era da competência estadual desde o governo de Leonel Brizola, em 1962.

    Por ocasião do programa de privatização da Telebrás, em 1999, no governo Fernando Henrique Cardoso, a empresa passou a operar na região sudeste do Brasil, tendo como principal aquisição a estatal paulista TELESP. Além da Telesp, foram adquiridas a Telefónica Celular, pertencente a Telefónica Moviles, presentes nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe e Bahia, sendo resultado da privatização da Tele Sudeste Celular (Rio de Janeiro e Espírito Santo) e Tele Leste Celular (Bahia e Sergipe). Para essas negociações nas regiões sudeste, a Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel estabeleceu que a Telefônica deveria deixar de atuar no Rio Grande do Sul e se concentrar somente nesta nova região.

    Atualmente, a Vivo é uma empresa com receita diversificada, advinda da telefonia fixa, móvel, internet e mais recentemente da televisão paga.

    Análise fundamentalista

    Múltiplos

    A companhia possui atualmente (dados de 21/01/2013) um P/L de 12,16, um dividend yield de 5,87% com um payout (porcentagem do lucro destinada a ser distribuída como proventos) de 71,57%.

    Vinha apresentando um patrimônio crescente de 2007 à 2010 (cerca de 11 milhões) e com a reestruturação societária da empresa em 2011 seu valor quadruplicou chegando à cerca 44 milhões de reais. A receita apresentou crescimento de 2001 à 2010 sendo que devido à incorporação societária, a receita duplicou, chegando à 33 milhões de reais. O lucro após a reestruturação também duplicou enquanto que a margem se manteve praticamente estável - mesmo com as mudanças.

    A dívida aumentou bastante após as alterações, mas parece estar estável. Possui crescimento médio de  18,23% nos últimos 10 anos, 17,21% nos últimos 5 anos, 30,84% em três anos e 1,81% no último ano.

    Receita

    http://www.fundamentus.com.br/detalhes.php?papel=VIVT4&x=-793&y=-57

    Como podemos observar no gráfico acima, a receita vinha se mantendo estável até 2011 (ano da reestruturação societária) quando houve um grande impulso neste indicador. O histórico de receitas demonstra o comportamento "defensivo" da ação pela manutenção regular e prolongada das receitas.

    Lucro

    http://www.fundamentus.com.br/detalhes.php?papel=VIVT4&x=-793&y=-57

    Os lucros foram maiores entre 2006 e 2009 sendo que atualmente se encontram em um menor patamar. Acredito que parte desta perda está relacionada à concorrência. Basta observar o número de empresas de telefonia que entraram no mercado nos últimos anos. Por consequência, para enfrentar a concorrência em um setor em que o produto entregue é praticamente o mesmo e o diferencial geralmente ocorre na questão tarifária é necessário ser mais agressivo e nesta cenário fatalmente ocorrerá a diminuição das margens e por consequência dos lucros.

    Dívida

    http://www.fundamentus.com.br/detalhes.php?papel=VIVT4&x=-793&y=-57

    Apesar do grande aumento da dívida nos últimos 2 anos, a empresa aparentemente vem mantendo um bom controle de caixa, com uma pequena parcela da dívida no curto prazo.

     

    Comparativo

    MARGEM

    http://www.bastter.com/mercado/acao/VIVT.aspx

    LUCRO LÍQUIDO

    http://www.bastter.com/mercado/acao/VIVT.aspx

    Quando comparamos a Vivo com outras empresas do setor, fica evidente a força desta empresa e as vantagens de ter sido uma das pioneiras do setor e estar presente no maior mercado consumidor do Brasil.

    Enquanto algumas empresas do setor tiveram margens muito voláteis nos últimos 10 anos, a Vivo se não apresentou crescimento, pelo menos se manteve estável.

    Quanto ao lucro líquido, é inegável à liderança da companhia desde 2001 e sendo que em 2012 se mantém com lucros bem maiores que suas parceiras.

    Proventos

    http://www.bastter.com/mercado/acao/VIVT.aspx

    Apesar da irregularidade dos valores pagos, podemos observar um bom histórico de pagamento de proventos há mais de dez anos, resultado principalmente dos lucros e receitas constantes e regulares.

    Preço justo

    Analisando a empresa e empregando dois métodos para a obtenção do preço justo, temos resultados bem diferentes:

    - Pelo método do fluxo de caixa descontado encontramos um preço justo de R$ 145,65 o que nos dá uma margem de segurança de 188%.

    - Já através método dos dividendos (do livro do Décio Bazin) chegamos à um preço justo (baseando-se nos proventos distribuídos em 2012) de R$ 46,95 o que nos apresenta uma margem de segurança de -7,24%.

    Formação de renda

    Ao realizar uma simulação utilizando este ativo podemos projetar:

    - Para a obtenção de uma renda mensal de R$ 1.000,00 o investidor deveria possuir 4.256 ações e desembolsar R$ 215.438,00 na compra destas ações, isso através de um aporte único, considerando os proventos distribuídos em 2012 (R$ 2,82) e desconsiderando o efeito do reinvestimento dos proventos o que pode levar a  obtenção destes resultados em um menor período de tempo.

    Um setor problemático



    O setor de telefonia é sem dúvidas um setor altamente problemático. Temos linhas de transmissão ruins, algumas áreas do país com boa cobertura enquanto outras praticamente não tem sinal de telefonia celular, sem contar o pós-venda e o atendimento que todos nós (acredito que sem exceção) já experimentamos. A sensação de perder horas (literalmente) tentando resolver um simples problema e no final ele não ser resolvido ou a ligação simplesmente cair é desanimadora e frustrante.

    Não era para ser assim, mas infelizmente é. As agências reguladoras devem cobrar e tem cobrado cada vez mais  (inclusive com a proibição da venda de chips - como aconteceu em 2012) pois muita coisa deve ser feita e melhorada.

    A Vivo ocupou o primeiro lugar nas reclamações do Procon por diversos anos e no momento (resultados de 2012) aparece em 5º lugar como se pode observar na tabela ao lado.

    Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/01/telefonia-celular-lidera-reclamacoes-aos-procons-em-2012-diz-ministerio.html



    Conclusão

    A Vivo pode ser considerada uma empresa defensiva tanto por ter suas operações já montadas e necessitando apenas de reparos como por apresentar resultados recorrentes e bastante regulares que são o resultado tanto da ampliação do setor (que cresceu 35 vezes desde 2008, sendo que um celular é ativado por segundo no Brasil) como do crescimento do poder aquisitivo da população que hoje tem acesso à serviços que antes só chegavam à uma pequena parcela da população (como o acesso à internet móvel 3G).

    Estudos indicam que ainda existe espaço para um aumento do número de usuários dos serviços prestados pela empresa (tanto telefonia, como internet e TV) o que pode trazer bons resultados no futuro. Vale ressaltar que a Vivo continua líder de mercado possuindo 29,56% do mesmo e foi a única das consideradas "grandes" que não foi suspensa em 2012.

    E você amigo leitor, é investidor da Vivo? Qual a sua avaliação?

    Link's úteis



    Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/Telef%C3%B3nica
    Crédito da imagem: http://www.freedigitalphotos.net/

    O blog Rico por Acaso preza pela qualidade da informação apresentada ao leitor. As matérias aqui apresentadas representam a opinião pessoal de seu autor. Assim deve ficar claro que o blog não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

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    10 comentários:

    1. Ai meu Deus, olha a Oi dando susto!
      Demitiram o Presidente da companhia porque acharam que o desempenho estava aquém do esperado. Dois dias depois soltam a prévia dos resultados que estão em linha com a meta anual e o plano de expansão da empresa.
      Não entendi, só sei que em dois dias as cotações caíram quase 14%. Hoje recuperou 3%.

      Mas como a Carteira de dividendos não é movida por cotação e sim por lucro, preciso esperar a auditoria dos dados do 4T12 e colher os dividendos em abril.

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      Respostas
      1. É isso ai Adriano! nada de curto prazo! Olhos sempre no futuro! Um grande abraço!

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    2. "O setor de telefonia é sem dúvidas um setor altamente problemático."

      Essa parte pra mim já diz tudo! não me agrada, não me tornaria sócio hoje em dia!

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      Respostas
      1. Olá Sovina! Realmente é um setor problemático, porém ainda tem grande crescimento e boa lucratividade, por isso que invisto! Um abraço!

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    3. RPA,

      Achei a sua análise sensacional.

      Que tal uma análise destas com OIBR4? Invisto nela e vejo seu valor atua de R$ 8,20 bastante atraente.

      Vejo nesta empresa um futuro animador, apesar de o setor, como você muito bem disse, ser problemático.

      Carlos.

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      1. Olá Carlos! Muito obrigado! A sua sugestão já foi anotada e vou preparar algo para os próximos post's! Um grande abraço!

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    4. Rico,

      Me desculpa a ignorancia... o pay out é o que mesmo? Onde eu vejo este indicador lá no site fundamentus?

      Felipe Maleato.

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      Respostas
      1. Olá Felipe! O "pay out" é a porcentagem do lucro que a empresa distribui em proventos. Por exemplo: a empresa pode optar por pagar 70% do lucro em proventos e deixar os outros 30% para reinvestimentos ou formação de caixa. No Fundamentus você não encontra este dado. No site do Bastter você acha. Um abraço!

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