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  • sexta-feira, 19 de julho de 2013

    O governo também gosta (e muito!) dos dividendos


    Estudos recentes mostram que o governo tem dependido cada vez mais dos dividendos das empresas estatais para manter o superávit econômico - situação que no médio e longo prazo pode levar a consequências desastrosas.

    Como forma de manter a economia funcionando, o governo tem tomado algumas medidas, como a desoneração de impostos de alguns setores da economia. Por outro lado, e apesar das medidas do governo, a inflação tem aumentado, os gastos do governo também e a economia (como muitos podem acompanhar no seu dia a dia) tem dado poucos sinais de uma verdadeira recuperação.

    As medidas e situações que citei acima (desonerações e baixo crescimento da economia) levam a uma consequente diminuição na arrecadação de impostos, o que gera uma grande dificuldade para se fechar a conta do governo. Nada mais simples: muito gasto com menor arrecadação igual a resultado negativo. Para sanar esta situação o que o governo tem feito? Utilizado cada vez mais os recursos das empresas estatais, através de um aumento sistemático dos dividendos pagos.

    Segundo reportagem do O Globo, de 2007 à 2012 a participação dos dividendos nas receitas do governo passou de 11,74% para 32,54%.

    Por lei, as empresas devem pagar um mínimo de 25% do lucro líquido aos acionistas na forma de proventos. Porém, por decisão fundamentada (ou seja, sem prejudicar investimentos futuros) o conselho gestor das companhias pode distribuir um valor maior na forma de dividendos. E é neste ponto que mora o perigo, como veremos adiante.

    BNDES

    O caso do BNDES é emblemático. Sua receita líquida em 2012 foi de aproximadamente 8 bilhões de reais, porém o governo já retirou em dividendos 12 bilhões. Ao mesmo tempo que por um lado se retira dinheiro do banco (e os meios de investimento), pelo outro lado o Tesouro capitaliza a instituição formando um ciclo verdadeiramente vicioso e nada saudável.

    A Caixa Economia Federal também passa por situação parecida. Enquanto seu lucro líquido em 2012 foi de 6,4 bilhões de reais, o governo retirou 7,7 bilhões em dividendos.

    Eletrobras

    E o problema do BNDES não fica restrito somente a situação dos dividendos. A Eletrobras, prejudicada pela obsessão da presidenta em baixar a conta de luz, tem recebido capital de giro do BNDES para manter as operações. Novamente a conta não fecha: de uma lado o governo tira a rentabilidade da empresa de modo a manter promessas populares e por outro "tapa o buraco" com o financiamento (em que a União é garantidora) de um banco já penalizado pelo governo.

    Conclusão

    Nenhum empresário consegue ter um pro-labore maior que os lucros de sua empresa e se isso acontecer, vai faltar dinheiro para pagar as duplicatas. E não precisa ser formado em contabilidade para imaginar o resultado deste movimento.

    Dividendos são ótimos e o governo como acionista tem total direito à sua devida remuneração, porém fica clara a geração de receitas que não são sustentáveis e que irão levar as empresas públicas a problemas de caixa, o que evidentemente é extremamente preocupante.

    Fonte: http://oglobo.globo.com/economia/na-mao-das-estatais-cada-vez-mais-governo-recorre-aos-dividendos-para-garantir-meta-9028402
    Créditos da imagem: www.freedigitalphotos.net
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    2 comentários:

    1. Muito interessante! Gostei! Valeu RPA!

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      Respostas
      1. Obrigado Anônimo! Um abraço e não se esqueça de se inscrever em nossa newsletter!

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