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  • quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

    Renovar ou não renovar: eis a questão!


    Nesta semana diversas empresas do setor elétrico tiveram que tomar uma decisão que pode influenciar todo o trabalho que será desenvolvido no futuro: renovar (e ceder às pressões do governo) ou não renovar as concessões que terminam nos próximos anos?




    Após reuniões dos conselhos de administrações e grande pressão por parte dos acionistas, vejamos o que algumas empresas decidiram:

    Eletrobras

    Em Assembléia Geral realizada no dia 03 de dezembro a empresa decidiu renovar todos os contratos de concessão com vencimento em 2015 e 2017. Segundo consta, esta decisão já era esperada pelo mercado visto que a empresa é controlada pela União, porém tal decisão sofreu forte oposição por parte de representantes dos acionistas minoritários. Com tal decisão a Eletrobras renova suas concessões por mais 30 anos, mas em contrapartida aceita receber uma remuneração 70% inferior a que recebia o que se refletirá em uma perda anual de 8 bilhões de reais o que corresponde a 25% da receita total da empresa.

    Cesp

    Controlada pelo governo do estado de São Paulo, em reunião no dia 03 de dezembro decidiu pela não renovação antecipada das concessões de 3 hidrelétricas (Ilha Solteira, Jupiá e Três Irmãos) que vencem em 2015. Segundo seu presidente, "a proposta do governo não atende as necessidades da companhia".

    Copel

    A Companhia Paranaense de Energia decidiu no dia 30 de novembro pela não aceitação dos termos da MP 579 e deste modo não antecipando a renovação das concessões de geração das centrais de Gov. Pedro Viriato Parigot de Souza, Mourão I, Chopim I e Rio dos Patos, porém aceitou a renovação de seus ativos de transmissão pelos próximos 30 anos.

    Celesc

    As Centrais Elétricas de Santa Catarina deliberou pela não adesão aos termos de renovação antecipada das concessões das Usinas Hidrelétricas Bracinho, Garcia, Cedros, Salto, Ivo Silveira, Palmeiras e Pery.

    Cemig

    No dia 04 de dezembro o Conselho de Administração da Cemig também decidiu pela não renovação das concessões de dezoito usinas (geração de energia). Quanto as concessões de transmissão, estas foram renovadas por mais 30 anos. Segundo seu presidente, "Essa decisão reflete o compromisso da companhia para com os acionistas, empregados e demais partes interessadas na manutenção da sustentabilidade e do crescimento da empresa". Estas decisões ainda necessitam de aprovação dos acionistas.

    Entenda a MP 579

    Com a publicação da Medida Provisória 579 o governo praticamente obrigou as elétricas que tem contratos de concessão que terminam nos próximos anos a reduzir suas tarifas drasticamente e baratear as contas de energia. Esta é evidentemente uma decisão política (e populista) que acabou gerando grandes perdas para estas empresas no mercado financeiro.

    As empresas que pretendem aceitar (engolir) as novas regras impostas pelo governo terão suas concessões renovadas por mais 30 anos, porém perderão 70% de suas receitas o que pode impactar de forma preocupante nas contas e gerar dificuldades para "fechar a conta". Já as empresas que decidirem não aceitar as regras, ao final do período de concessão terão que devolver os ativos (ou seja, as usinas ou linhas de transmissão) ao governo federal (visto serem concessões) para que sejam realizados novos leilões. Alguns analistas tem dito que é interesse do governo que estas concessões não sejam renovadas para que depois as estatais possam adquirir estes ativos em leilões futuros. Assim com mais ativos na mão fica fácil para o governo manipular o preço da energia, tal qual vem ocorrendo com os combustíveis.

    Não sou contra a diminuição do valor da energia. Quem tem casa e/ou comércio e é responsável por pagar as contas do mês sabe que muitas vezes o valor pago é bastante alto e acaba interferindo no fluxo de caixa seja de uma família ou de um negócio. Porém impor regras a toque de caixa e com claras intenções populistas não é o melhor meio de se chegar à diminuição das tarifas.

    Estas decisões (contra a renovação) tem sido bem recebidas pelo mercado. As ações da Cesp tiveram uma alta de 8,88% no dia 03 de dezembro.

    Parabenizo os conselhos e empresas que tiveram coragem para enfrentar o governo. Este movimento demonstra respeito pelo acionista e pela  situação financeira de cada empresa que não pode - e não deve - ser alvo de mandos e desmandos do governo.

    E você amigo leitor? O que achou destas decisões?

    Um grande abraço a todos!

    Créditos da imagem: freedigitalphotos.net
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    8 comentários:

    1. Boa tarde RPA.

      Eu acredito que isso é mais uma queda de braço entre PT e PSDB, pois as usinas que não renovaram encontram-se em estados governados pelos tucanos.

      Diminuir a conta de energia é bom para todos, porém da forma como está sendo feito é quase um assassinato a estas empresas, visto que, como você mesmo relatou em seu texto, a perda de receita é enorme e quem não renovar e perder o leilão futuramente entregará as usinas de "mão beijada" ao próximo governante federal.

      Abraço e bons investimentos!

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      1. Olá Anônimo! Hoje apareceu a Dilma na televisão dizendo que não iria desistir de fazer a energia baixar e em 2013 iria se emprenhar ainda mais neste intento. A não renovação de algumas empresas e a perspectiva de um menor desconto nas tarifas (16% ao invés dos 20% pretendidos) foi um duro golpe na propaganda que o governo vem fazendo. Um abraço!

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    2. Eu discordo do motivo,

      Uma concessão de 30/50 anos como é de empresas elétricas tem o preço embutido calculado para pagar a construção dessa empresa nesse período de tempo.

      Com o a empresa paga, nada mais justo do que abater esse preço.

      Sobre entregar a empresa de mão beijada, como nosso amigo anônimo falou, não é bem assim, pois em nenhum momento a empresa foi de quem controla hoje, isso é uma concessão.

      A 30 anos atrás o governo falou, fulano, constrói uma empresa elétrica ai, eu deixo você cobrar uma % para seu lucro, uma % para pagar a empresa, mas no final de 30 anos vc me da ela.

      Agora esse fulano, quer ficar com mais 30 anos e continuar recebendo por ter construído a empresa, sendo que a população já pagou ela.

      Acho que "o combinado não sai caro".

      Porem minha opinião é de merda, então não ligue para o que eu falo ....

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      1. Olá Victor! Concordo com você quanto ao investimento já estar pago. O que não concordo é com a atitude do governo de praticamente "obrigar" a renovação nos termos que eles querem sem ao menos permitir uma discussão. Um grande abraço!

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    3. Bom dia RPA,
      primeiramente gostaria de parabenizar pelos ótimos posts! Sou novo por aqui, mas notei que o seu foco é no longo prazo. Também quero investir a longo prazo em breve, mas no momento estou aproveitando algumas oportunidades para crescimento de capital. Estou com algumas dúvidas sobre investimentos de curtíssimos prazos e mínimo de risco, vendi um apartamento e estou para receber R$ 300.000,00 ainda essa semana, mas creio que em maio de 2013 terei que começar a utilizar esse dinheiro para aportar na minha obra R$35.000,00 por mês. Principais dúvidas: - Deposito esse dinheiro agora em uma poupança ou peço para fazer o cheque para 02 de janeiro? - Tenho dúvidas sobre esse volume de dinheiro na poupança no que diz respeito à IR e à Receita Federal? - Não consegui achar algo de concreto sobre IR para poupança acima de R$ 50.000,00? Caso haja, é por cpf, por conta bancário, por banco? Existe alguma maneira de não ter que pagar o IR nessas condições?
      Desde já agradeço.
      Pequeno Construtor.

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      1. Olá Mineiro! Obrigado por acompanhar o blog. Inicialmente sempre recomendo que não se tente burlar os impostos. Conheço diversas pessoas que após omitir algo do imposto de renda acabaram tendo que pagar valores absurdos de multa. Se você quer uma aplicação de minimo risco e excelente liquidez utilize a poupança. Além disso ela é livre de imposto de renda, (apesar de os valores terem de ser declarados) e o imposto é por CPF. Agora não adianta tentar dividir o valor em CPF's porque um valor desta proporção necessita ter "rastro". Um grande abraço!

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    4. O que o governo está fazendo, IMPONDO sua vontade, faz parte de um regime autoritário, mais conhecido como ditadura.

      As empresas podem (e devem) ir ao Judiciário para a República das Bananas não recue 20 anos no tempo.

      []s!

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      1. Olá dimarcinho! É exatamente o que a Cemig pretende fazer. Se não der "na conversa" ela vai tentar pela via jurídica. Um grande abraço!

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